quarta-feira, 13 de maio de 2009

VENTRE ESTRELAR


Criei-me no ventre estrelar,
A lua é o reflexo
Dos meus anseios,
O vento me leva para dimensões
Planetárias,
Sinto-me fora do meu corpo,
Vejo a minha própria imagem,
Estou em minha frente,
O meu espectro se confunde
Com um aglomerado de nuvens
Brancas ofuscadas pela
Imensidão do universo.
Olho para a minha figura estática,
Meus cabelos voam
Embaralhados pelos fios sedosos.
Meu coração pulsa velozmente
Meus olhos simplesmente abertos,
Estão descontínuos e vibrantes,
Meus braços estáticos e flexíveis,
Tentam me trazer de volta,
A minha vontade se confunde
Com o poder da atração
Da minha mente,
Mas, meus pensamentos são mais fortes,
Não consigo abdicar do meu corpo,
Adentro em minhas entranhas
Sou única, sou eu, sou do universo.
Acordo do sonho e me gosto.

Rogéria Albuquerque
07/01/2009

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